O checklist de cirurgia segura é uma ferramenta muito importante na instituição de saúde e requer um planejamento bem feito para garantir a segurança e bem-estar do paciente. Rafael Bianconi, enfermeiro do Bloco Paciente Cirúrgico do Hospital Albert Einstein, bateu um papo com Larissa Gutierres, enfermeira e gestora de Bloco Cirúrgico e Mestre em Gestão do Cuidado em Enfermagem pela UFS sobre melhoria e implantação do checklist de cirurgia.
Para Larissa, o checklist não pode ser considerado a única aplicação de segurança, pois apesar de ser uma ferramenta extremamente efetiva e estudada, existem ferramentas complementares. Segundo ela, há casos de checklists extensos que tentam abranger pontos importantes de segurança, mas que não há adesão na equipe porque na prática não faz sentido. “O checklist é uma ferramenta de retorno e checagem rápida de segurança no procedimento cirúrgico. Ele precisa ser dinâmico e adaptável a nossa realidade, precisa ser mensurado e tem que ser objetivo”.
Segundo ela, na realidade hospitalar existem diversos tipos de checklists. Por exemplo, um checklist para cirurgia oftalmológica que é mais específico, algumas perguntas não vão fazer sentido para checagem em uma cirurgia de grande porte. De acordo com ela o grande desafio é operacionalizar checklists diferentes em um local que existem realidades distintas. “Quando tem uma realidade muito diversa a gente recomenda analisar o que é comum a todos os casos para criar as checagens específicas para procedimentos específicos”.
Para Larissa o ideal na implantação é envolver a equipe da operação na construção e melhoria do checklist. Segundo ela, não adianta o gestor do centro cirúrgico ou diretor do hospital decidir o que vai ser checado na operação, pois não vai fazer sentido para a equipe determinada pergunta.
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